quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Amar alguém

Não é brincadeira que se faça
com o coração de alguém,
conquista fazendo graça
e depois foge para o além.

Não pode haver ódio
onde o amor cresceu,
não deve haver pódio
para o mal que venceu.

Não pode haver conflito
nem esquema de ilusão
Só o amor infinito
deve habitar um coração.

Assim, se quiser me amar
não venha com seu rancor
viva como quem vai cantar
uma linda canção de amor

Claudia Muniz

Passagens

Não há nada mais p'ra ver
depois do sol.
Nada mais que pensar
depois do sonho.
Não há nada mais p'ra querer
depois da chuva.
Só há o pensamento em vão.

Não se nega um olhar
depois das lágrimas
Nem uma palavra amiga
depois do fim.
Não se diz o que não
se quer ouvir.
Só se deixa a poeira da imaginação.

Não se pode falar
por entre os dentes.
Tudo o que se guardou
a vida inteira.
Não se cala diante
da maldade.
Só se remoe a dor da solidão.

Não se pode esquecer
o amor infinito.
Nem tampouco a efervescência
do ser.
Não é possível querer
se esquecer
Do que já habita o coração.

Claudia Muniz

Corre o tempo...

Tanto tempo sem escrever
tantas horas de distração
passa o tempo tão certeiro
e abandona meu coração.
Choro choro de saudade
por um amor que já não mais
quero um tempo de verdade
porque esse não me satisfaz
Hoje o dia é infinito
corro ando me atropelo
quero um tempo mais bonito
a vida pode bater o martelo.
Horas passam nas muralhas
Horas passam sem fim
quero a vida já sem falhas
e um amor dentro de mim.

Liberdade

Eu sorri de um jeito estranho
por um amor que nunca vi,
caminhei por entre flores
entre perfumes que nunca senti.

Eu olhei para o infinito
naquela busca por mim
vaguei por entre estrelas
de um universo sem fim.

Desejei ser pó de estrela
eu bem quis ser constelação
marejei o rosto de lágrimas
quando o Universo me disse não.

Levantei-me de um tombo feio
e soprei a poeira do amor
encontrei um caminho cheio
do mesmo e intenso calor.

Sou a dona de mim mesma
Sou uma força sem fim
desejei um amor eterno
alguém que sorrisse pra mim!

Claudia Muniz

FELIZ

Quando meu coração
se transbordou em flores,
vi meu peito se arrebentar,
era um colorido tão insistente
que até fez inveja ao mar.
Flores azuis, borboletas amarelas,
miosótis alegres,
foi meu momento Cinderela.
Quando meu corpo
se encheu de amores
pus minha cabeça p'ra pensar,
era um turbilhão tão indefinido
que até causou frenesi no olhar.
Coraçõezinhos vermelhos,
miradas furtivas, sonhos brandos,
foi um momento de devaneio.
Quando minha vida
se encheu de alegrias
pus meu corpo a declamar,
eram tantos poemas de amores,
que até fez meus olhos chorar.
Versos brandos, poemas consistentes,
palavras perdidas
e versos comoventes.
Claudia Muniz