quarta-feira, 1 de abril de 2020

Ponto Final

É descaminho, por certo,
grande ilusão revelada.
Enfrentar mar aberto,
para não chegar a nada.

Sonhos se perdem no mar.
Promessas de novo porvir.
Tormentas a ameaçar,
Quando tudo é mentir.

Se foi a época do ilusão,
não há nada mais a abrandar.
Tem em pedaços o coração.
Por que quis machucar?

Um mergulho profundo aconteceu,
entrega inteira a amar.
Foi tão bonito o que prometeu,
porém, não pôde sustentar.

É o fim, é o fim,
desilusão revelada.
É o fim, é o fim,
tormentas na madrugada.

Claudia Muniz
20/01/2020

Ya no hay nada más

No me quites la mermelada
cuando lo que me ofreces es amargo.
No me quite el cariño,
cuando lo que me das es desprecio.
No me omita la verdad,
cuando todo lo que dices es engaño.
No me olvides el dulce olor,
cuando todo en ti es frío.
No me maltrates,
dame tu amor.
No me desgastes,
ya no hay valor.
No me abandones,
ya te alejaste.
Siento, muero,
ya no tengo sentido.
Lloro, revuelvo,
?Qué hay de malo conmigo?
Estoy sofocada,
me duele el pecho.
Ya voy desgastada,
y por fín oscurezco.
Me muero y siento,
me duele, es feo.
Me entristeces,
Ya no vuelvo.

Claudia Muniz
24/01/2020

Descaso


Um que brinca com o coração
de uma mulher que sorri,
merece a desilusão
ao atrever-se a mentir.

É de muito mal gosto,
de grande deselegância,
fingir estar disposto
e depois não dar importância.

Faz parecer tão banal,
a presença de quem ama.
Logo faz um carnaval,
perde, depois reclama.

A mulher é muito amável,
ama profundamente.
Pode ser lamentável,
quando abandona quem mente.

Claudia Muniz
20/01/2020



Taubaté

Que bem se nota, em calmaria: Taubaté
é uma vastidão de cores, aromas e amores.
Eu sei, é uma mulher
de pés descalços e riso leve,
calor, frio, chuva são normais,
no mesmo dia,
uma mulher jovem e maior,
com marcas pelas ruas...
Velho mercado de trocas,
uma subida ao céu, até o Cristo.
Música, dança, apresentações,
riquezas da terra, estão nos escritos.
Eu noto, conheço minha terra,
meu vale.
E quanto você conhecia?

Claudia Muniz
23/01/2020

Taubaté!

Ai Taubaté!
Sei bem que cidade és,
tão longe e estás aqui dentro.
És a forma como sou,
Me desenvolvi ai!
Cheira a café e manga,
Içá, pamonha e jaboticaba.
Ai Taubaté!
Berço de escritores,
cidade de meus amores:
família e irmãos de coração.
Falas uma língua engraçada.
Olhas por trás das vidraças,
seu rio serpenteia o chão.
Taubaté, minha preferida,
meu berço, minha vida,
dessa terra, eu não abro mão!

Claudia Muniz
24/01/2020