sábado, 22 de novembro de 2014

Abandono

Não há nada acolá.
Nada no aqui das ondas.
Não há ventos nem tempestades.
Nada além das conchas.
 Não vejo luz no fim do túnel.
Tão pouco me sinto na escuridão.
 Não sinto que haja descaminho.
 Tão pouco sinto solidão.
 Persigo as mesmas borboletas.
Corro em sua direção.
 Não há abandono que prevaleça
Nem mágoas no coração.
 É um sentimento puro.
Um amor incontrolável.
Um caminho obscuro
E uma dor inconsolável.
 Vivo sempre o dia seguinte,
 jamais estou no real.
A cabeça anda nas nuvens,
em um sonho desleal.

 Claudia Muniz 07/11/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário